Em janeiro de 2025, o presidente Donald Trump assumiu uma economia americana robusta, caracterizada por altas recordes no mercado de ações e baixas taxas de desemprego. No entanto, a implementação recente de tarifas sobre produtos chineses, aço e alumínio de diversos países desencadeou retaliações comerciais, resultando em perturbações econômicas significativas. Consequentemente, os mercados de ações dos EUA sofreram perdas consideráveis, e a confiança do consumidor diminuiu acentuadamente. Instituições financeiras como JPMorgan Chase e Goldman Sachs aumentaram suas estimativas de risco de recessão para 2025, embora ainda considerem uma desaceleração econômica improvável.
Pesquisas recentes indicam que 57% dos americanos acreditam que o presidente Trump está sendo “demasiado errático” na aplicação de tarifas a parceiros comerciais. Essas medidas controversas impactaram negativamente os mercados financeiros e provocaram respostas da União Europeia e do Canadá. Entre os republicanos, 79% apoiam as medidas na expectativa de benefícios a longo prazo, embora um terço reconheça possíveis prejuízos ao país. Além disso, 70% dos entrevistados antecipam que as tarifas aumentarão os preços de bens de consumo, e 61% consideram prioritário para Trump controlar a inflação.
Em resposta às tarifas impostas pela União Europeia ao uísque americano, o presidente Trump ameaçou aplicar tarifas de 200% sobre vinhos, champanhes e outras bebidas alcoólicas europeias, caso essas medidas não sejam retiradas. Essa ação pode afetar significativamente países produtores de vinho da UE, como a Espanha, que exportam grandes volumes desses produtos para o mercado americano.
Economistas e mercados de apostas concordam que as chances de uma recessão nos Estados Unidos em 2025 estão aumentando. As políticas do presidente Trump, incluindo tarifas extensivas, cortes de gastos e demissões em massa de funcionários federais, são vistas como fatores principais da incerteza que alimenta os temores de recessão. A incerteza em torno das políticas da administração é percebida como um risco significativo para o crescimento econômico. Tanto o sentimento do consumidor quanto as intenções de gasto, como os planos de férias, diminuíram consideravelmente.
Em contraste, o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou recentemente que espera um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA de pelo menos 2% a 2,5% no primeiro trimestre de 2025.
Olivier Blanchard, renomado economista e ex-economista-chefe do FMI, expressou preocupação com a economia global fragmentada e tensionada, afetada por fatores como a pandemia, a guerra na Ucrânia e as políticas do presidente Trump. Blanchard criticou a dinâmica da guerra comercial dos EUA e teme uma economia sem regras claras.
Em resumo, as recentes políticas tarifárias e fiscais implementadas pela administração Trump têm gerado preocupações sobre uma possível recessão nos Estados Unidos. Embora alguns indicadores econômicos permaneçam positivos, a crescente incerteza e volatilidade nos mercados financeiros sugerem a necessidade de monitoramento atento e possíveis ajustes nas políticas econômicas para mitigar riscos futuros.
